Objetivo é buscar unidade e diretrizes conjuntas, afirma diretor do Dieese
Segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, o movimento sindical precisa discutir uma agenda mais imediata, que trate dos impactos da Lei 13.467, de “reforma” da legislação trabalhista, e discutir questões que apontem para os próximos anos, como inovação tecnológica. “As centrais sindicais possuem o acúmulo necessário para fomentar um robusto movimento de contraofensiva a atual conjuntura. E essa onda tem duplo aspecto: defesa da sustentação do movimento sindical e inserção na agenda política nacional”, acrescentou o secretário da CTB, Wagner Gomes.
Documento discutido durante a reunião desta sexta-feira à tarde chamou a atenção para a importância de “elaborar estratégias de ação para a intervenção propositiva nos processos econômicos sociais e políticos”. “Os sistemas de proteção/seguridade social e trabalhista estão em xeque. A flexibilização trabalhista reduz custo do trabalho, quebra o poder dos sindicatos e restringe o papel da Justiça para atuar na proteção laboral”, alerta o texto.
Um primeiro passo foi aprovar a formação de um grupo de trabalho, com dois representantes da cada central, mais o Dieese, que vai formular propostas de ação, em uma agenda de “reinvenção” sindical. A primeira reunião deverá ser realizada no próximo dia 20.
Um documento com os principais pontos, que devem ser apresentados aos candidatos às eleições deste ano, será aprovado durante evento previsto para 17 de abril, em São Paulo, pouco antes do 1º de Maio. O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, lembrou que as centrais se preparam para participar das discussões sobre a Medida Provisória 808, que modifica itens da recém-aprovada lei trabalhista. Na próxima semana, será escolhido o relator da comissão mista do Congresso instalada na última terça (6).
Com informações da CTB
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