Mais de 15 mil servidores do funcionalismo público do Distrito Federal, com apoio de estudantes e trabalhadores rurais, marcaram a greve geral de 24 horas desta quinta-feira (24) com grande ato no final da manhã na Praça do Buriti. Em seguida, alguns dirigentes sindicais do Fórum em Defesa do Serviço Público, coordenado pela CUT Brasília, e do Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público foram recebidos por representantes do GDF. O secretário de Relações e Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas, insistiu nas mesmas colocações sobre crise de caixa do governo que impossibilitaria o governo de arcar com compromissos de reajustes e benefícios acertados com as 32 categorias do funcionalismo distrital.
Dirigentes sindicais reiteraram que não aceitam calotes e arrocho, nem serem apontados como culpados por uma crise financeira que não foi criada pelos trabalhadores. Após o encontro, o funcionalismo reafirmou a intenção de discutir e aprovar indicativo de greve geral por tempo indeterminado a partir do quinto dia útil (dia 8 de outubro), caso o GDF não reveja o pacote de maldades contra os servidores e a população e insista em não pagar os reajustes devidos e já estabelecidos em lei distrital.
“O governo reafirma a posição do calote e o desrespeito às conquistas da classe trabalhadora. Essa Praça lotada foi só um aviso do que vai acontecer a partir do quinto dia útil se o governo mantiver essa posição intransigente. Nós não aceitaremos que retirem nenhum dos nossos direitos. Exigimos o pagamento dos atrasados e queremos os nossos reajustes que já nos foram garantidos pela própria Justiça. Rollemberg respeite os servidores e a população, nós não temos nada a ver com essa crise, não vamos pagar por ela”, disse o coordenador do Fórum em Defesa do Serviço Público e secretário geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.
“Os servidores não vão negociar direitos”, completou o presidente do Sindser-DF e dirigente da CUT Brasília, André Luiz Conceição. “O governador diz que tem um rombo de 300 milhões no caixa por causa dos nossos reajustes e sai na mídia tentando nos culpar por essa ‘crise’. Não é penalizando os servidores e o povo com mais impostos e aumento de tarifas que isso vai se resolver. É dialogar e não impor penalizações e prejuízos autoritariamente aos servidores e à população”, avaliou o dirigente.
Manifestação de peso
A greve geral desta quinta é a maior manifestação de descontentamento em relação ao governo local realizada no DF nos últimos tempos. Segundo balanço da CUT junto aos sindicatos, mais de 70 mil servidores dos mais variadoressetores do GDF aderiram à greve geral de um dia, mesmo o transporte público não tendo sido afetado.
Ignorando os manifestantes e o diálogo com os fóruns dos servidores, que também foram à Câmara Legislativa pressionar parlamentares para barrar as medidas de ajuste das contas do GDF, o governador Rollemberg convocou a imprensa à tarde para anunciar mais uma medida nociva ao patrimônio do funcionalismo. O GDF vai pedir autorização à Câmara Legislativa para usar o superávit financeiro do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal — calculado em R$ 1,7 bilhão — para resolver seu problema de caixa e pagar salários. Quer mexer com recursos do fundo da aposentadoria que pertencem aos servidores sem discutir com os principais interessados, os próprios servidores.
Na próxima terça-feira (29), o Fórum em Defesa do Serviço Público, coordenado pela CUT e composto por cerca de 20 sindicatos de servidores, e o Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público, que reúne sindicatos principalmente da área da Saúde, vão se reunir para articular os novos passos da mobilização. A reunião está prevista para ocorrer no sede do SindMédico-DF, localizado na SGAS 607, às 16h.
Fonte: CUT Brasília
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