Começou às 8h desta segunda-feira (6) a greve dos servidores da Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília).
95% dos 710 trabalhadores da empresa estão de braços cruzados. O motivo da paralisação é a aprovação de tabelas salariais diferentes entre advogados e o restante da categoria da Terracap.
Na tabela salarial, aprovada arbitrariamente pelo antigo presidente da Terracap, Plínio Casteli, os advogados receberam reajuste salarial de mais de 100% (o piso saiu de R$ 6.060 para R$ 13.000), o que corresponde ao avanço de 22 níveis dentro da tabela. Além disso, o fim da tabela caiu de 32 para 25 anos.
Para tentar diminuir a disparidade, o Sindser apresentou a proposta de manter a estrutura da tabela salarial dos advogados para toda a categoria (equiparação do tempo de início e fim de carreira) e subir todas as carreiras em 22 níveis. Na contraproposta, a Terracap aceitou manter a estrutura, mas possibilitou o avanço de 12 níveis para a categoria. Apesar de não ser o ideal, a proposta da empresa foi aceita, mas, injustificadamente, barrada pelo Conselho de Administração da Companhia Imobiliária de Brasília (Conad/Terracap).
“O aumento na tabela salarial para 28 advogados tem repercussão financeira de, mais ou menos, R$ 230 mil por mês. A tabela consensual, com o avanço de 12 níveis para toda a categoria, representa, em média, R$ 714 mil para 550 trabalhadores”, ilustra o dirigente sindical do Sindser e da CUT-DF, Cícero Rola. “Chegamos ao limite da negociação”, afirma.
“A discriminação é que foi o problema. Em toda a história da Terracap sempre tivemos apenas uma tabela salarial. Se for observar, um engenheiro, por exemplo, tem muito mais a ver com a missão fim da Terracap do que um advogado. Não achamos justo fazer negociações separadas”, exprime indignada a servidora Olga Soares de Carvalho, componente da Comissão de Negociação dos servidores da Terracap.
Pressionados pela presidência da empresa, servidores da Terracap prometem entregar a função para permanecerem em greve. “O pessoal lá (a presidência) está ameaçando tirar função de quem estiver em greve. Se um perder a função, todos vão entregar”, afirma o servidor Edson Vilela da Rocha enquanto apresenta uma lista com sete assinaturas que põem a função à disposição.
O presidente da CUT-DF, José Eudes de Oliveira, esteve presente na assembléia informativa dos servidores, realizada na manhã de hoje. Em discurso, o dirigente afirmou que a Central apóia o movimento e trabalhará para solucionar o problema da categoria. “Tentaremos articular um canal de negociação com o governo”, promete.
Segundo Cícero Rola, a greve dos servidores da Terracap é por tempo indeterminado.
Obras paradas
A greve dos servidores da Terracap emperra uma série de ações positivas para o Distrito Federal. Por ser responsável pelo repasse de recursos para projetos do governo, a Terracap é responsável pela construção do Estádio Nacional Mané Garrincha (que receberá os jogos da Copa), construção de ciclovias, pavimentações e outras ações conveniadas com empresas como a Caesb e a CEB.
Além disso, a construção nos lotes vendidos pela Terracap só poderão ser realizadas após demarcação. Só neste ano, 94 lotes foram vendidos.
Um dos principais problemas tem foco na Estrutural. Por um decreto do GDF, feito em dezembro do ano passado, a área deverá ser registrada: o que é função da Terracap. “Se o projeto não for registrado, não adianta o governo prometer lote. Sem o registro, o morador não tem a escritura do terreno”, explica o servidor Mauro Lúcio, da área de Registro de Imóveis da Terracap. Sem o registro, o governo também freará o investimento em obras para melhorar a estrutura do local. O decreto feito pelo governo tem prazo de 180 dias.
Fonte: Secretaria de Comunicação da CUT-DF https://credit-n.ru/offers-zaim/fastmoney-srochnyi-zaim-na-kartu.html https://credit-n.ru/order/zaymyi-money-man-leads.html https://credit-n.ru/offers-zaim/moneyman-srochnye-zaimy-online.html https://credit-n.ru/offers-zaim/zaymer/