O ministro da Secretaria de Governo de Temer, Geddel Vieira Lima, disse em entrevista que o resultado das urnas nas eleições municipais do último domingo, com a eleição de membros da base aliada, foi uma demonstração de que o povo autorizou a política de retirada de direitos que o governo quer implantar.
“Todos [os eleitores] sabiam que esse governo ia apresentar uma proposta de reforma da Previdência, todos sabiam que ia apresentar uma proposta aumentando a idade de aposentadoria para 65 anos, uma PEC do gastos, no entanto, o povo foi às urnas e votou majoritariamente na base governista, dizendo o seguinte: queremos responsabilidade, queremos alternativas, já conhecemos o discurso do populismo fácil da popularidade conseguida por atalhos”, afirmou.
Geddel, que é o ministro encarregado de articular as relações políticas entre o governo e o Congresso, também falou sobre a campanha que prega “tirar o país do vermelho”, lançada pelo governo como forma de tentar mudar o índices de reprovação ao governo (73%) nas pesquisas. A peça tem um claro objetivo de promoção ao ódio contra o PT e demais partidos de esquerda. Mas de acordo com Geddel, quem viu um ataque contra a esquerda vestiu a “carapuça”.
“A pior coisa na política é a carapuça, as pessoas ficarem vestindo carapuça. O Brasil está ou não está no vermelho? Está superavitário? Está com a dívida controlada, com sua capacidade de investimento plena? Isso é estar no vermelho? Se uma família gasta mais do que arrecada, ela fica onde? No vermelho. Qual é o desejo de todos? Tirar a família do vermelho, que o país saia do vermelho. Não entendi onde é que alguém possa entrar no Judiciário pra tratar de uma peça que é verdadeira. O nosso desejo é tirar o Brasil do vermelho, devolver ao Brasil o azul nas contas necessário para que possamos voltar a crescer.”, afirmou em entrevista ao Valor, comentando a informação de que o PT entraria com ação na Justiça contra a peça publicitária.
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