Instalação ao lado do Museu Nacional quer conscientizar sobre importância da coleta seletiva. Estrutura pesa 260 toneladas; placas informativas conduzem visitantes.
o lado do Museu Nacional, no centro da capital, um labirinto construído com 260 toneladas de lixo reciclável chama a atenção. A instalação, montada com 200 fardos de material reciclável, é um convite aos visitantes para que percorram os caminhos do lixo, e percebam a montanha de resíduos que cada indivíduo deixa para trás todos os dias.
Nos corredores de lixo reciclado, a experiência é a de estar dentro de um grande labirinto. Alguns, não têm saída, e a cada bloqueio o visitante para diante de placas informativas onde descobre o valor da coleta seletiva, como reutilizar o lixo orgânico, ou ainda o processo de fechamento do Lixão da Estrutural.
No final do percurso, o visitante consegue entender o caminho que o lixo percorre até chegar ao destino adequado. (veja vídeo abaixo).
Quanto lixo
De acordo com o Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU), cada pessoa produz, em média,1 kg de lixo por dia. Das 2.712 toneladas recolhidas diariamente no Distrito Federal, apenas 3,2% dos resíduos sólidos são reciclados.
A partir do próximo mês, segundo o GDF, o lixão deverá servir apenas para recolher resíduos da construção civil, e as cooperativas de catadores serão encaminhadas para as centrais de triagem. Atualmente, a separação do lixo é feita em cinco galpões alugados, mas a previsão do governo é que até 2018 as centrais de triagem definitivas fiquem prontas.
Lixão x Aterro
Desde o nascimento de Brasília, a região da Estrutural é utilizada para o depósito de lixo. A área ocupa cerca de 200 hectares e está a apenas 20 quilômetros da Praça dos Três Poderes. Segundo o SLU, só em 2016 foram depositadas 830.055 toneladas de dejetos no local.
O novo Aterro Sanitário, para onde já está indo o lixo, começou a ser construído em 2012, e o projeto inteiro deve custar mais de R$ 110 milhões. Ele terá 760 mil metros quadrados — incluindo 320 mil destinados a receber rejeitos (materiais não reutilizáveis) — e será construído em quatro etapas. A primeira etapa, com 110 mil metros quadrados, custou R$ 44 milhões aos cofres públicos.
De acordo com o governo, o aterro deve funcionar por 13 anos, a partir do início das atividades, e receber uma média diária de 2,7 mil toneladas de rejeitos. O novo destino para o lixo do DF fica na DF-180, próximo a Samambaia.
Coleta seletiva
A coleta seletiva não passa em todas as regiões do Distrito Federal. Os caminhões recolhem lixo seco na Asa Sul e Asa Norte, no Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, SIG, Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras, Vicente Pires, Park Way, Samambaia, Brazlândia, Santa Maria, Candangolândia e Núcelo Bandeirante. O SLU diz que até janeiro de 2018 pretende levar a coleta seletiva para todo o DF.
Uma pesquisa divulgada pela Companhia de Planejamento do DF(Codeplan) em fevereiro deste ano mostrou que as regiões de classe média são as que mais separam o lixo – Águas Claras, Cruzeiro, Vicente Pires, Guará, Sobradinho I e II, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Candangolândia e Gama.
Nesses locais, 41,1% dos entrevistados responderam que separam o lixo seco do orgânico. As regiões de alta renda ficaram em segundo lugar, com 30% . E as de baixa renda são as que menos separam, apenas 3,9% dos moradores responderam afirmativamente aos pesquisadores.
A pesquisa “Coleta seletiva: Percepções e avaliações dos cidadão” também trouxe dados do desconhecimento da população sobre a coleta seletiva. Dos entrevistados, 25,7% afirmaram não saber os dias e horários em que passam os caminhões e nem como separar o lixo corretamente.
Exposição ‘Labirinto – A saída para o lixo’
Local: ao lado do Museu Nacional
Até 18 /11
Gratuito – escolas poderão agendar uma visita guiada
Informações: 3213 0189
Fonte: G1
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