Internautas não perdoam envolvimento da revista com Cachoeira.
Desde que eclodiu o escândalo do Cachoeira e vieram à tona as relações escabrosas entre os mafiosos de Goiânia e a máfia midiática paulista, a revista Veja tem freqüentado os Trending Topics do Twitter de forma pouco honrosa.
No sábado retrasado, a hashtag #VejaVaiPraCPI subiu por pelo menos duas horas ao primeiro lugar entre os dez assuntos mais comentados naquela rede social no Brasil. No sábado passado não foi diferente, ou melhor, foi diferente, mas porque os tuiteiros foram com muito mais sede ao pote.
Como muitos já devem saber, a edição desta semana da revista Veja publicou uma matéria maluca e com chamada na capa dizendo que a hashtag que a criticou e acusou no sábado retrasado se tornou a mais tuitada graças a uma farsa praticada, é claro, por “petralhas”.
O exotismo da teoria foi ainda mais longe. A revista afirma, agora, que não há uma massa imensa de cidadãos exigindo explicações para as relações dela com o crime organizado, ou seja, entre o “Poli” e o “Cachu”. Os que Tuitaram #VejaVaiPraCPI seriam… ROBÔS!!
De resto, tratou de insultar aqueles que diz “poucos” e que estariam por trás da tal “farsa” que teria sido criada por um grupo de petistas que se intitula Movimento de Ambientes Virtuais (MAV), que, posso garantir, nada teve que ver com os tuitaços recentes contra a revista, apesar de alguns membros desse movimento terem participado.
Posso dizer isso com certeza porque fui o principal fomentador do tuitaço no sábado retrasado, pois obtive informações antecipadas sobre a reportagem sobre a Veja que a Record veicularia no domingo passado e desde sexta-feira retrasada comecei a lançar insinuações, no Twitter, de que a reportagem seria apresentada no programa Domingo Espetacular, sob a batuta de Paulo Henrique Amorim.
Através de frases sugestivas como esta, abaixo, ocorreu o primeiro tuitaço vitorioso:
“Para que o meu Domingo seja Espetacular, um verdadeiro Record, assistirei TV por volta das 21 horas #VejaVaiPraCPI”
As insinuações surtiram efeito e em pouco tempo, no domingo retrasado, a hashtag subiu ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter brasileiro. É MENTIRA da Veja, portanto, que o tuitaço retrasado contra ela tenha sido organizado por qualquer grupo do PT.
Sábado passado à tarde, os blogueiros Altamiro Borges e Luiz Carlos Azenha publicaram posts sugerindo outro tuitaço em resposta à matéria mentirosa da Veja sobre “robôs petralhas” que teriam colocado #VejaVaiPraCPI nos TTs no fim de semana anterior. Vi os posts e comprei a idéia de novo e comecei a fazer o mesmo que já fizera.
Miro e Azenha sugeriram #VejaComMedo para ser “bombada” no Twitter às 18 horas, mas este blogueiro, tão ou mais ansioso do que Paulo Henrique Amorim, não agüentou esperar e começou a agitar e a tag foi de novo ao topo dos Trending Topics às 14 horas, onde permaneceu por cerca de uma hora.
Um fato interessante: centenas de tuiteiros trocaram suas fotos no perfil do Twitter por fotos de robôs como o de Perdidos No Espaço ou Transformers e outros do cinema, dos quadrinhos etc. Este blogueiro optou por um auto-retrato que fez junto com a frase I AM A ROBOT (Eu Sou Um Robô).
Todavia, houve um problema neste segundo sábado de tuitaço. Como após uma tag subir um grupo de tuiteiros simpatizantes da Veja começa a publicar spams com ela para que o Twitter a bloqueie, para o tuitaço de fato, que ocorreria às 18 horas, criaram-se duas tags substitutas: #VejaComMuitoMedo e #VejaTemMedo.
Vários tuiteiros sugeriram outras, mas essas duas começaram a bombar e #VejaTemMedo venceu, sendo adotada por todos. A indignação dos cidadãos que fizeram o protesto anterior, então, atraiu outros que não participaram do tuitaço de sábado retrasado e o de sábado passado acabou sendo muito mais forte.
#VejaTemMedo permaneceu em primeiro nos Trending Topics por mais de CINCO HORAS. Programas que medem volume de perfis do Twitter que citam hashtags apontaram que quase DEZ MIL tuiteiros participaram. credit-n.ru https://credit-n.ru/order/zaim-mrzaim.html https://credit-n.ru/order/zaymyi-zaimer.html