O funcionalismo do DF vai paralisar totalmente as atividades durante 24 horas no próximo dia 24 e realizar ato público neste dia, às 10h, em frente ao Palácio do Buriti. Esta será uma das respostas à onda de ataques contra os servidores, a população e a própria legislação vigente desencadeada pelo governo Rollemberg. As mais de 30 categorias de servidores do GDF não descartam a possibilidade de deflagrar greve geral por tempo indeterminado caso o governo distrital mantenha a retirada de direitos trabalhistas e não reveja o pacote de maldades que pode levar o caos ao serviço público do DF.
Isso foi discutido e decidido em reunião nesta terça-feira (15) por representantes da CUT Brasília e das mais de 20 entidades sindicais que compõem o Fórum em Defesa do Serviço Público do DF. Participaram também do encontro realizado no Sindicato dos Médicos, localizado na 507Sul, as entidades de servidores da área da saúde que integram o Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público do DF.
A reunião já estava marcada para discussão de ações contra os calotes em benefícios e ataques à previdência dos servidores por parte do GDF. A indignação, contudo, cresceu, na última segunda-feira (14), quando o governador Rollemberg chamou dirigentes sindicais separadamente para informar que o GDF não vai pagar os reajustes salariais ao funcionalismo público a partir de setembro. Os aumentos serão suspensos neste ano e passarão a valer apenas a partir de 2016. A medida atinge 32 categorias profissionais.
“Invariavelmente, o governo prefere dar anúncios à imprensa a dialogar direto com os trabalhadores. Desta vez foi diferente e teve a nítida intenção de quebrar e fragmentar a unidade das entidades do funcionalismo. Toda essa situação exige que tenhamos uma resposta à altura. A CUT já lançou uma nota de repúdio em relação às medidas anunciadas pelo GDF e à postura do governo de chamar os sindicatos separadamente, ignorando nossos fóruns coletivos. Devemos deixar claro a ele que a nossa luta é unificada e continuará sendo”, explica o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.
Calote anunciado
Além de não receberem reajuste de auxílio alimentação e estarem com o direito de licença prêmio ameaçado, os trabalhadores estão com o sistema de aposentadoria sob risco. O Projetos de Lei Complementares 19, 20 e 21, de autoria do GDF, querem introduzir o sistema previdenciário complementar privado e introduzir mudanças no Instituto de Previdência (Iprev), reduzindo a participação dos servidores nas decisões e facilitando ao GDF o controle dos recursos e da gestão.
Nesta terça, pouco antes do início da reunião do Fórum e do Movimento, o governador reuniu a imprensa para anunciar oficialmente o calote nos reajustes salariais, aumento de impostos (valor venal do IPTU, taxa de limpeza pública, ITCD e ICMS para bebidas e cigarros), majoração de tarifa de ônibus e da taxa de restaurantes comunitários, além da redução do número de secretaria e administrações regionais.
“Independente de termos ou não uma negociação na próxima segunda-feira (21), realizaremos uma grande mobilização na quinta (24) em repúdio às medidas anunciadas pelo governador. Vamos mostrar ao governo e à sociedade que nós não aceitamos esses calotes. Há uma lei inclusive que assegura esse reajuste que conquistamos com muita luta”, afirma o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.
O Fórum se reúne novamente às 16h da próxima sexta-feira (18) para organizar além do ato e paralisação do dia 24, o calendário de ações com panfletagem, mobilização das bases e outras movimentações políticas.
Fonte: CUT Brasília
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